Nos doramas, uma queda nunca é só uma queda — é o começo de um romance cinematográfico
Você já viu essa cena: a protagonista tropeça — às vezes numa folha, numa pedra imaginária ou até no próprio ar — e, antes que o chão a receba, lá está ele. O boy do dorama, com reflexos de ninja e braços abertos, pega a mocinha como se fosse a última pétala de cerejeira caindo no outono.
É oficial: cair é a nova forma de dizer “oi, te amo”.
Na Dramaland, o tropeço virou uma instituição. E não importa quantas vezes você assista, sempre tem aquela câmera lenta, o olhar em câmera lenta, a música romântica em câmera lenta. Só falta o universo parar — e às vezes ele para mesmo.
Se você é fã de doramas, com certeza já viu essa cena acontecendo mais de uma vez — em dramas históricos, modernos, de comédia romântica ou de fantasia. Às vezes é um tropeço que começa uma amizade improvável; às vezes é o primeiro contato que muda tudo. O que não muda nunca é o charme desse clichê, que a gente já conhece de cor e ainda assim ama ver.
Na vida real? A gente tropeça, rala o joelho e ainda escuta alguém dizer “se ferrou”. Mas nos doramas, tropeçar é sinônimo de química. E quanto mais clichê, mais a gente ama.
Porque no fundo, mesmo sabendo que é absurdo, a gente torce pra viver uma daquelas quedas. Quem nunca?
Até o próximo post!!
Marcela Fábio
Colunista, Escritora e Dorameira/Army
Imagem: Divulgação
