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Resenha – Big World: Uma história de coragem que abraça o impossível

poster do filme Big World versão neto e avó

Jackson Yee emociona ao viver um jovem com paralisia cerebral em uma jornada de superação e afeto familiar

Nem sempre os grandes heróis usam capas. Às vezes, eles usam cadeiras de rodas, carregam sonhos no peito e seguem em frente mesmo quando o mundo parece grande demais. Big World é esse tipo de filme: um retrato íntimo, sensível e tocante sobre o que significa vencer, mesmo quando tudo está contra você.

Análise com spoilers

Liu Chunhe é o tipo de personagem que desmonta a gente devagar. Ele não grita, não faz discurso. Ele vive, sente e insiste. Nascido com paralisia cerebral, sua trajetória é marcada por obstáculos diários — mas também por um vínculo inquebrável com sua avó, que é praticamente seu mundo inteiro. Ali, naquele amor simples, mora a força que move tudo.

A avó, aliás, é o retrato vivo de uma Coreia que se apoia na família como centro da existência. Ela não é só cuidadora — é afeto, tradição, porto seguro. A dinâmica dos dois reflete um valor cultural profundo: o dever de zelar um pelo outro, mesmo quando não se tem muito além do próprio corpo e da esperança.

A relação de Liu com o mundo externo é dura. Ele é visto, às vezes, como fardo — e a maneira como isso o fere em silêncio diz muito. Mas ele continua. Porque a vida exige isso dele. E ele responde não com revolta, mas com vontade. Uma vontade que transforma cada passo torto em um avanço legítimo, cada silêncio em um grito interno por pertencimento.

Aspectos técnicos

A trilha sonora caminha junto com o coração da história. Não é chamativa — é discreta, quase cúmplice. Ela chega nos momentos certos, como se sentisse o peso do que o personagem vive. Já o roteiro, cuidadoso e delicado, não apela. Ele confia no espectador. Não entrega tudo de bandeja, mas convida a olhar mais fundo, com respeito, sem pressa.

O filme não precisa de artifícios para emocionar. Ele emociona porque é real. Porque poderia ser qualquer um de nós — ou alguém que amamos. E porque, em algum lugar dentro da gente, também existe esse desejo de encontrar nosso lugar no mundo.

Big World é mais do que um filme sobre deficiência ou superação. É um lembrete suave e dolorido de que viver já é, por si só, um ato de coragem. E que, mesmo nos caminhos mais estreitos, há espaço para sonhos. Assistir a esse filme é como ouvir uma história sussurrada por alguém que não tem pressa de ser entendido — só quer ser sentido. E é impossível não sentir.

Minha nota: 1000/1000  pode? Há meses tenho falado aqui em casa: “esse menino vai levar o Oscar” agora aposto com você que, se ele concorrer a melhor ator, ele leva fácil, fácil (se não tiver politicagem e carta marcada não é mesmo sr. Oscar)
Jackson Yee? Sem palavras para descrever a grandiosidade, a entrega e dedicação dele para com esse papel.
Apenas ASSISTA! E volte para comentar se estou errada.

Mais detalhes sobre essa produção inclusive onde assistir leia essa postagem: Big World: Um pequeno Herói em um Grande Mundo .

Até o próximo post!!
Marcela Fábio
CEO e Editora Chefe
Imagem: Divulgação

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