Como o gênero deixou de ser nicho e virou peça-chave na indústria asiática.
O que antes era considerado underground, hoje é manchete, trending topic e produto premium. A explosão dos doramas BL (Boys’ Love) não é só uma tendência — é uma revolução. Mais do que contar histórias de amor, o gênero desafia estruturas, quebra preconceitos e transforma o mercado do entretenimento asiático. E, convenhamos… isso não é pouca coisa.
A Coragem Que Abriu Caminhos
Por décadas, histórias LGBTQIA+ foram tratadas como tabu na maior parte da Ásia. Mas bastou um punhado de produtores corajosos, roteiristas afiados e fãs apaixonados para virar esse jogo. A Tailândia, pioneira nessa transformação, foi a primeira a entender que representatividade vende — e muito.
O sucesso de títulos como 2gether, KinnPorsche, Semantic Error e Cherry Magic escancarou para o mercado que o BL não é só para a comunidade LGBTQIA+, mas para qualquer um que queira ver boas histórias — com amor, tensão, drama e aquele clichêzinho que todo mundo ama.
Mudança Estrutural Real
O impacto não é só cultural. É econômico. Plataformas como Viki, GagaOOLala, iQIYI, WeTV e até a gigante Netflix estão disputando esses títulos a tapa. Empresas entenderam que o público BL é fiel, engajado, apaixonado e… consumidor.
Na Coreia, onde o tema ainda era tratado com extrema cautela, a mudança veio a galope. O país, conhecido pelos K-dramas superproduzidos, entrou no jogo com obras que elevaram o padrão do gênero. E isso não tem mais volta.
Além disso, agências começaram a moldar atores específicos para o mercado BL, investindo pesado em fanmeetings, produtos licenciados e shows que lotam arenas. É mais que dorama. É economia criativa pulsando.
Quando Representar Vira Lucro (E Revolução)
A ascensão dos doramas BL não é só sobre amor entre dois homens. É sobre desafiar narrativas engessadas, ampliar conversas e mostrar que o público quer, sim, histórias diversas — e quer com qualidade.
O ponto de virada não foi só perceber que existia demanda, mas assumir que essa demanda é enorme, global e capaz de movimentar milhões. Hoje, ninguém mais trata o BL como “gênero de nicho”. Ele é mainstream. E quem não entendeu isso… tá ficando pra trás.
O BL deixou de ser tendência. Virou estrutura, virou mercado, virou movimento. E se você ainda não se jogou nesse universo, tá perdendo um dos fenômenos mais incríveis da dramaturgia asiática atual. Bora quebrar padrões e se apaixonar junto?
Até o próximo Ponto de Virada!!
Marcela Fábio
CEO e Editora Chefe
Imagem: Divulgação