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Digimon Adventure tri. 4: quando a nostalgia encontra o caos digital

O reencontro com os Digiescolhidos nunca foi tão intenso

Sabe aquele sentimento de voltar a uma história que marcou sua infância e perceber que tudo mudou, inclusive você? Foi exatamente isso que senti assistindo Digimon Adventure tri. 4: Perda. Essa fase da saga não é só mais uma visita ao Mundo Digital — é um mergulho direto nas emoções de quem cresceu junto com Tai, Matt e o resto dos Digiescolhidos. E olha, o clima aqui é bem mais denso, mas ainda com aquele coração gigante que só Digimon tem.

A história continua logo após os eventos do terceiro filme, com o grupo lidando com as consequências da infecção digital e o impacto da volta de Meicoomon. Só que aqui as coisas realmente desandam. Os laços entre os Digiescolhidos começam a se partir, a confiança balança e, pela primeira vez, dá pra sentir que talvez nem tudo vá terminar bem. O foco emocional é forte — é sobre crescer, errar e tentar entender o próprio papel nesse mundo meio bagunçado entre o real e o digital.

O que mais me pegou foi o tom. Tri. 4 é mais pesado, quase melancólico, mas sem perder o brilho dos personagens. Ver o Matt tentando segurar as pontas enquanto o Tai fica cada vez mais distante dá aquele aperto no peito. E a Mimi, sempre maravilhosa, continua sendo a faísca de luz no meio do caos. O crescimento dos personagens é real — não são mais crianças salvando o mundo, são jovens tentando entender o peso de tudo o que viveram.

A animação continua bonita, com cores que oscilam entre o vibrante e o sombrio, refletindo bem o clima dessa parte da história. As batalhas estão mais estratégicas e menos “gritaria de ataque”, o que combina com o tom maduro da trama. A trilha sonora também acerta — tem momentos em que a música bate junto com a emoção, e é impossível não se sentir transportado praquele mesmo sentimento de quando assistíamos na infância.

Outro ponto interessante é como o filme começa a colocar em dúvida a própria lógica do Mundo Digital. Não é só um universo paralelo — é quase uma extensão das emoções dos personagens. A ideia de perda, que dá nome ao filme, permeia tudo: a perda da inocência, das certezas e até da união que parecia inabalável. É quase um lembrete de que crescer dói, mesmo no mundo dos Digimons.

E pra quem é fã das criaturas, tem momentos muito bonitos. A relação entre os parceiros e seus Digimons continua sendo o coração da história. É impossível não se emocionar com as falas simples, mas cheias de significado. São nesses pequenos detalhes que Digimon tri. 4 mostra que ainda entende o que faz os fãs voltarem: a conexão genuína entre humanos e monstros digitais.

Pra assistir, Digimon Adventure tri. 4: Perda está disponível em plataformas de streaming como Crunchyroll e também pode ser encontrado para compra ou aluguel no Amazon Prime Video.

Ficha técnica:

Título original: Digimon Adventure tri. 4: Sōshitsu (Loss)

Ano: 2017

Direção: Keitaro Motonaga

Produção: Toei Animation

Duração: 81 minutos

Gênero: Animação, Aventura, Drama

Disponível em: Crunchyroll, Amazon Prime Video

E se você chegou até aqui sem assistir, já te aviso: vale muito a pena rever os três anteriores antes de entrar nesse, porque esse é o momento em que tudo começa a ruir — e é impossível não sentir junto. É aquele tipo de filme que te faz perceber que a infância ficou pra trás, mas o amor por Digimon nunca passa.

Curiosidades de bastidores:

A Toei Animation confirmou que tri. foi pensado como um “meio-termo” entre a nostalgia e a introdução de novos fãs à franquia.

O design dos personagens foi feito por Atsuya Uki, que trouxe uma estética mais moderna, sem perder a essência dos originais.

O tema de abertura “Butter-Fly” aparece de forma simbólica, como homenagem ao cantor Kouji Wada, falecido antes do lançamento.

Digimon Adventure tri. 4 é pra quem quer sentir de novo aquele choque de emoção entre o passado e o presente. É pra quem entende que amadurecer não é deixar de acreditar — é só ver o Mundo Digital com outros olhos.

Então se prepara, pega um lanche e mergulha nessa quarta parte com o coração aberto. É drama, é ação e é pura nostalgia em forma de bytes.

 

Até o próximo post Mazelovers!
Tom Cardoso
@Bts_Army_Forev4r
Imagem de Divulgação: Youtube

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