Entre silêncios e olhares, aprendi que empatia vale mais do que certezas
Às vezes, um simples episódio de dorama diz mais do que mil conselhos. Quando comecei a mergulhar nesse universo — primeiro com os k-dramas, depois me rendendo aos j-dramas, c-dramas e lakorns — não imaginava o quanto minha escuta se transformaria. Histórias que à primeira vista parecem apenas românticas, leves ou dramáticas, aos poucos foram afinando algo muito mais profundo: minha capacidade de ouvir com o coração e julgar menos com os olhos.
- Nos doramas, os personagens raramente se revelam por completo logo no início. O rapaz arrogante esconde um trauma antigo, a moça fria protege um coração quebrado, o vilão é, muitas vezes, um herói ferido. Aprendi com esses enredos que há sempre mais camadas por trás de uma atitude ríspida ou de um silêncio repentino. E isso me fez repensar a forma como escuto as pessoas ao meu redor. Será que estou realmente ouvindo ou apenas esperando minha vez de falar?
- Um dos momentos que mais me marcou foi assistindo a um drama em que a protagonista levava dias para formular uma resposta. No início, me irritava sua lentidão. Depois, percebi o quanto era raro alguém pensar com tanto cuidado antes de dizer algo. Na vida real, estamos sempre apressados, rotulando situações, concluindo histórias que mal começaram. Os doramas me ensinaram a desacelerar — não apenas o passo, mas o julgamento.
- A cultura asiática, de modo geral, valoriza muito o silêncio, o respeito ao tempo do outro e o que não é dito. E isso transparece nas narrativas. A escuta ativa, o não interromper, o olhar que espera… tudo isso me tocou profundamente. Hoje, quando alguém desabafa comigo, tento lembrar daquela cena, daquele personagem, daquela pausa dramática que dizia mais do que qualquer palavra.
- Não é exagero dizer que os doramas me tornaram uma pessoa mais empática. Menos preocupada em ter razão, mais disposta a entender. E, nesse exercício, descobri que o outro não precisa pensar como eu para ser ouvido. Basta que eu esteja presente — como um bom dorama sempre está para quem precisa se emocionar, refletir e crescer.
Se você também já se pegou revendo suas atitudes por causa de uma cena tocante, conte sua experiência. Os doramas são mais do que entretenimento — são espelhos sutis da alma. Compartilhe, indique, assista com novos olhos. E, acima de tudo, ouça com o coração.
Até o próximo post!!
Marcela Fábio
CEO e Editora Chefe
Imagem: Doramazine