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Eterno Azul: O Encanto Melancólico de “Blue” por V

Num delicado R&B, V infunde sua voz com melancolia lírica, desenhando uma jornada emocional que se estende “on and on and on”, eternamente azul.

Não deve ser segredo para muitos que eu sou Army e meu UTT é o V. Sendo assim é claro que amo o álbum Layover, não apenas por ser um trabalho dele, mas também pelo álbum todo ser um misto de Jazz com R&B e com uma pitada sutil de Pop, mas confesso que a música “Blue”, é a minha queridinha, acho que porque o MV me levou para a minha adolescência (deixa baixo – rsrsr), por isso a trago nesse espaço de análise, espero que goste.

Como foi dito, a canção integra o álbum solo “Layover” de Kim Taehyung, que mergulha num universo de introspecção e saudade com uma doçura quase sussurrada. Aqui, a tristeza não se impõe com dor aguda, mas se instala como uma brisa constante, envolta em batidas suaves e vocais que pairam entre o real e o sonho.

Desenvolvimento técnico

A repetição de “on and on and on” que abre e permeia a canção funciona como um mantra que traduz a permanência do sentimento. É como se o tempo emocional não seguisse o compasso dos minutos, mas de uma esperança silenciosa. V canta com uma vulnerabilidade controlada, quase como quem não quer que o outro perceba o tamanho da sua espera. O arranjo minimalista, com toques de R&B clássico, reforça essa atmosfera de retenção e desejo contido.

Dimensão emocional

As cores citadas na letra — “green, yellow, red, blue” — oferecem possibilidades, caminhos cromáticos para um recomeço. Ainda assim, é o azul que prevalece: não o azul frio da distância, mas o azul profundo daquilo que se sente sem poder nomear. A imagem poética das estrelas emprestadas da lua por um dia é um gesto de esperança efêmera, como se até a luz fosse algo que se pede por um tempo, mas não se pode manter.

A canção não propõe soluções, e talvez por isso seja tão tocante. Ela apenas caminha ao lado de quem ouve, como quem entende que alguns sentimentos existem para serem vividos, não resolvidos. V nos conduz com delicadeza por esse percurso onde o amor, a ausência e a espera convivem em harmonia azul.

Se a melancolia doce de Blue tocou seu coração, compartilhe aqui como essa canção reverberou em você. Que cor sua alma sentiria hoje, se pudesse falar com o olhar de V? Sua voz ecoa junto à nossa comunidade.

Análise do MV

O videoclipe de “Blue” é filmado inteiramente em preto e branco, o que surpreende diante do título. Esse contraste reforça a ideia de que o “azul” não é literal, mas simbólico: ele está na emoção, não na cor.

V aparece de preto, dirigindo seu carro e caminhando pelo prédio onde estaria sua suposta namorada. Toca a campainha insistentemente, mas ninguém atende. A ausência é quase física — sentimos a solidão junto dele. Ao não encontrar resposta, entra no carro, tenta ligar para ela, mas novamente o silêncio é a única resposta.

De volta ao prédio, ele se senta em um balanço no pátio, desolado, imóvel, como se o tempo parasse. A câmera o acompanha nesse instante contemplativo, sem pressa, enfatizando sua vulnerabilidade. O desfecho chega de forma inesperada: ao fundo, sua namorada aparece, solta o pequeno cachorro que corre até ele. O olhar de V, surpreso, mistura incredulidade e esperança.

O MV se constrói sobre essa ambiguidade: o azul da solidão, que se prolonga “on and on”, mas que no final pode ser suavizado por um reencontro — ou pelo menos por um sinal de vida, representado pelo cachorro. O preto e branco, nesse contexto, é um espelho de sua espera sem cor, onde o azul é apenas sentido, nunca visto.

“Blue” é um retrato íntimo da saudade em duas linguagens: a canção, com sua sonoridade terna, e o MV, com seu preto e branco poético. Ambos se entrelaçam para narrar uma busca silenciosa por amor e presença. E você, já viveu um “azul” assim, em que a ausência parece preencher todos os espaços?

Compartilhe suas interpretações e vamos colorir juntos essa experiência com nossas próprias memórias.

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Até o próximo post!!
Marcela Fábio
CEO e Editora Chefe
Imagem: Divulgação

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