O desfecho emocionante de Hee-do e Yi-jin revela que amor genuíno muitas vezes é separado pelo tempo — mas não esquecido.
O derradeiro episódio de Vinte e Cinco, Vinte e Um oferece um final que ecoa suavemente entre nostalgia e esperança. Ambientada em um período turbulento da Coreia dos anos 90 e narrada pelas páginas do diário de Na Hee-do, a trama entrega uma despedida comovente, onde escolhas pessoais e responsabilidades rompem o enlace amoroso. Uma conclusão que seduz pela sensibilidade e pela verdade emocional — e convida a revisitar cada cena. Deixe-se envolver por essa despedida tão agridoce quanto inesquecível.
Análise da Cena Final
No episódio 16, a ruptura entre Na Hee-do e Baek Yi-jin acontece em meio à dor de um cotidiano que os distancia — ele, em busca de crescimento como jornalista; ela, conquistando voos olímpicos na esgrima. O momento de rompimento é ácido, repleto de palavras ferinas e arrependimentos imediatos, revelando a intensidade e fragilidade do amor jovem.
O cenário escolhido para a conversa final — uma rua silenciosa, tingida por luzes frias e sombras alongadas — traduz visualmente a frieza que se instalou entre eles. A direção utiliza enquadramentos que mantêm os personagens no mesmo plano, mas separados por uma linha invisível: postes, vitrines e paredes funcionam como barreiras simbólicas. O som ambiente, rarefeito, dá protagonismo à respiração entrecortada e às pausas carregadas de tensão, reforçando o peso das palavras não ditas.
Nesse contexto, o diário de Hee-do torna-se mais do que um objeto: é o relicário de um tempo em que o amor cabia entre treinos e entrevistas. Perdido após o rompimento e encontrado anos depois por Yi-jin, ele volta às mãos de Hee-do em 2021, junto da filha dela, Min-chae. A adição tardia de Yi-jin às páginas é quase uma confissão cinematográfica: a caligrafia dele contrasta com a dela, como se o presente tentasse costurar o passado, mesmo sabendo que a linha já está gasta.
O epílogo, em que Yi-jin, já adulto, responde a uma pergunta sobre seu primeiro amor com “Na Hee-do”, é filmado em close suave, capturando a umidade nos olhos e a hesitação no sorriso. É um enquadramento que congela a emoção, permitindo que o público sinta o peso do que ficou para trás — e a ternura do que jamais se perdeu.
Curiosidades
- A narrativa em primeira pessoa de Min-chae, ao ler o diário, reforça a ligação entre gerações e sonhos — e também propicia uma visão íntima e reflexiva sobre memórias familiares.
- O enredo evita o clichê da reconciliação romântica pós-crise, optando por um encerramento mais maduro e aberto, que valoriza a trajetória individual sem apagar os laços do passado.
- A ambiguidade do futuro amoroso de Hee-do gerou debates intensos entre fãs, que destacam como a série coloca mais peso na jornada emocional do que em um destino romântico explícito.
- A simbologia do diário perdido e reencontrado reforça o tema do destino e da saudade; o final sugere que, embora separados, o vínculo entre eles permanece vivo no imaginário de ambos.
O fechamento de Vinte e Cinco, Vinte e Um se entrega mais ao sentimento do que ao desfecho definitivo. Ele celebra o amor juvenil, marcado por conquistas, desencontros e lembranças que persistem no tempo. Uma trama que ressoa e convida a revisitar memórias — suas e de Hee-do. Que este texto inspire a (re)descoberta das nuances dessa história e desperte novas reflexões entre os leitores da coluna.
Compartilhar emoções é reter eternamente esses momentos.
Resumo
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Até o próximo post!!
Marcela Fábio
CEO e Editora Chefe
Imagem: Divulgação