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Passagem para o Futuro: Um Sci-Fi Japonês Sobre Amor, Traição e Redenção

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No filme de Takahiro Miki, um cientista traído acorda décadas depois e precisa enfrentar o passado para proteger quem ama.​

Imagina ser traído por quem você mais confia, congelar sua dor por 30 anos e acordar num futuro onde tudo mudou — menos o que você sente. É isso que Passagem para o Futuro (2021), dirigido por Takahiro Miki, entrega: uma ficção científica japonesa que mistura drama, romance e viagem no tempo com um toque de melancolia e esperança. Baseado no romance de Robert A. Heinlein, o filme traz uma versão nipônica cheia de coração e dilemas morais.​

Análise com spoilers

Soichiro Takakura (Kento Yamazaki) é um jovem cientista brilhante, órfão, que dedica sua vida à robótica. Criado pelo Dr. Matsushita, ele desenvolve laços profundos com Riko (Kaya Kiyohara), filha do seu mentor. A relação entre eles é marcada por um carinho fraternal que, com o tempo, revela sentimentos mais complexos.​

A traição de sua noiva Rin (Natsuna) e de seu parceiro de negócios Kazuhito (Hidekazu Mashima) não é apenas uma virada de roteiro; é um reflexo da pressão social japonesa sobre o sucesso e a lealdade. Soichiro, ao optar pelo sono criogênico, busca escapar não só da dor, mas de uma sociedade que valoriza mais o resultado do que o processo.​

Ao acordar em 2025, Soichiro encontra um mundo onde suas invenções foram usurpadas, e Riko está em perigo. A jornada para corrigir o passado e proteger Riko é permeada por encontros com versões futuras de suas criações, como o robô PETE-13 (Naohito Fujiki), que simboliza a persistência de seus ideais mesmo após décadas.​

A relação entre Soichiro e Riko é o coração do filme. Ela representa a esperança, a inocência e a possibilidade de redenção. A dinâmica entre eles desafia as convenções sociais e culturais, questionando o que é apropriado ou não quando se trata de sentimentos genuínos.​
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Aspectos técnicos

A trilha sonora, composta por Yuki Hayashi, é sutil e eficaz. Os temas musicais acompanham as emoções dos personagens, intensificando momentos de tensão e alívio com precisão. A música não é invasiva; ela guia o espectador pelas nuances emocionais da narrativa.​
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O roteiro, adaptado por Tomoe Kanno, equilibra elementos de ficção científica com drama humano. Embora baseado em uma obra de 1957, o filme atualiza temas e contextos para ressoar com o público contemporâneo. A direção de Takahiro Miki é cuidadosa, utilizando uma estética que mescla o retrô dos anos 90 com o futurismo de 2025, criando uma atmosfera única que serve à história.​

Passagem para o Futuro é mais do que um filme sobre viagem no tempo; é uma reflexão sobre escolhas, arrependimentos e a possibilidade de recomeço. Ele nos lembra que, por mais que tentemos fugir do passado, é enfrentando-o que encontramos a verdadeira libertação.​

Se você aprecia histórias que combinam emoção, tecnologia e dilemas humanos, este filme é uma escolha certeira. Disponível na Netflix, é uma obra que merece ser vista e sentida.​

Minha Nota: 9/10

Até o próximo post!!
Marcela Fábio
Colunista, Escritora e Dorameira/Army
Imagem: Divulgação

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