yoon suk-yeol impeachment

Presidente da Coreia do Sul é destituído após decreto de lei marcial

Notícias Tudo

Uma crise política sem precedentes expõe a força da democracia sul-coreana

No dia 3 de dezembro de 2024, a Coreia do Sul enfrentou um dos momentos mais tensos de sua história recente. O então presidente Yoon Suk-yeol decretou lei marcial, justificando a medida como uma forma de conter ameaças “antiestatais” que, segundo ele, colocavam em risco a estabilidade do país. O ato, inesperado e extremo, envolveu o envio de tropas militares para impedir o funcionamento da Assembleia Nacional, gerando confrontos e despertando reações imediatas tanto da sociedade civil quanto de figuras políticas de oposição.

A resposta do Parlamento veio com rapidez. Apenas onze dias depois, em 14 de dezembro, os legisladores aprovaram, por maioria expressiva de 204 votos, o processo de impeachment de Yoon, suspendendo-o de suas funções. Durante o período de transição, o primeiro-ministro Han Duck-soo assumiu interinamente o comando do país, buscando restabelecer a estabilidade institucional.

A confirmação definitiva da destituição veio meses depois, em 3 de abril de 2025. O Tribunal Constitucional da Coreia do Sul decidiu, por unanimidade, que a atitude do ex-presidente violava gravemente a Constituição, especialmente por restringir as atividades legislativas e utilizar indevidamente o poder militar. Com essa decisão, o país entrou automaticamente em processo de preparação para novas eleições presidenciais, previstas para ocorrer dentro de 60 dias.

O episódio reforça a solidez das instituições democráticas sul-coreanas e a importância da mobilização social como força de equilíbrio político. Em meio à crise, a população e os representantes legais do país mostraram que a democracia, mesmo diante de rupturas, continua sendo a base inegociável do Estado.

Redação Doramazine
Imagem: Divulgação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *