Nos doramas, o amor impossível quase sempre tem nosso coração — mesmo que a lógica diga o contrário
Há algo profundamente humano em torcer pelo que sabemos que não vai acontecer. Quem assiste doramas coreanos já se pegou, ao menos uma vez, desejando que o “segundo pretendente” fosse o escolhido. Ele é gentil, leal, está sempre por perto… e ainda assim, vemos o coração da protagonista inclinar-se para outro caminho. Essa contradição, tão frequente nos triângulos amorosos dos K-dramas, nos toca porque fala diretamente com nossas esperanças mais íntimas: ser visto, ser escolhido, mesmo sem ser o óbvio.
Doramas como “Start-Up” ou “Reply 1988” nos colocam diante desse dilema com maestria. Ficamos divididos, debatendo em fóruns, trocando mensagens com amigos, criando teorias. A experiência se torna mais do que uma simples história de amor — é uma jornada emocional em que revivemos nossas próprias decepções, lembranças de quando também fomos “quase” na vida de alguém. O segundo amor nos representa: imperfeito, porém real.
Esses triângulos amorosos não apenas movimentam a trama, mas revelam camadas sutis dos personagens. Às vezes, o improvável não é só uma questão de escolha romântica, mas de amadurecimento pessoal. Amar e não ser correspondido também é uma forma de crescer, e os doramas raramente banalizam isso. Quando o “não escolhido” se afasta com dignidade, muitas vezes é ele quem mais nos marca.
A magia está justamente nesse desequilíbrio. Sabemos quem será o par final, mas seguimos torcendo pelo que poderia ser. Talvez porque, no fundo, não buscamos finais perfeitos — buscamos identificação. E os triângulos amorosos dos doramas coreanos entendem isso como poucas narrativas sabem fazer: nos colocam frente a frente com o amor em sua forma mais pura e dolorosa.
E você? Ainda guarda um carinho especial por aquele personagem que não teve final feliz? Compartilhe sua história ou indique um dorama que te fez torcer pelo improvável.
Até o próximo Editorial!!
Marcela Fábio
CEO e Editora Chefe
Imagem: Divulgação
