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Twisted Wonderland: quando a Disney se reinventa no mundo dos animes

Uma viagem sombria e irresistível por um colégio cheio de vilões e segredos

Confesso que eu não esperava tanto de Twisted Wonderland. Quando ouvi falar que seria um anime inspirado em um jogo da Disney, achei que viria algo leve, colorido, cheio de referências óbvias. Mas o que a produção entrega é uma surpresa deliciosa: um mergulho estiloso e sombrio em um universo onde os vilões clássicos da Disney ganham uma nova vida — e, dessa vez, o protagonismo é todo deles.

A história acompanha Yuu, um estudante que é transportado para Night Raven College, uma academia mágica dividida em sete dormitórios — cada um inspirado em um vilão icônico da Disney. Temos o brilho perigoso dos herdeiros de Malévola em Diasomnia, a sofisticação sombria de Heartslabyul (baseado na Rainha de Copas), e por aí vai. Só essa ambientação já seria o suficiente para prender qualquer fã de fantasia, mas o anime vai além: ele cria uma trama cheia de mistério, rivalidade e aquele charme melancólico que os japoneses sabem construir tão bem.

O visual é um espetáculo à parte. Cada personagem parece ter saído de um desfile gótico em Tóquio — uniformes detalhados, cores vibrantes e expressões que oscilam entre arrogância e vulnerabilidade. Dá pra sentir o cuidado estético em cada cena. A animação, produzida pelo estúdio Aniplex, é fluida e atmosférica, com um equilíbrio perfeito entre a aura sombria e o glamour mágico.

O que mais me chamou atenção, porém, foi a forma como Twisted Wonderland brinca com a moral das histórias originais da Disney. Aqui, não existe herói ou vilão definidos. Cada estudante tem seus próprios traumas, ambições e segredos. É quase uma desconstrução dos contos de fadas — e isso deixa o enredo muito mais humano e interessante. A série consegue ser divertida, mas também introspectiva, fazendo a gente repensar o que aprendeu sobre o bem e o mal.

A trilha sonora é outro destaque. As músicas criam uma atmosfera quase teatral, como se estivéssemos assistindo a um espetáculo mágico. Há momentos de pura tensão, seguidos por cenas leves e irônicas. E o elenco de dublagem é um show à parte — com vozes que entregam camadas emocionais e personalidade de sobra.

Para quem já jogou o game original, o anime é uma expansão bem-vinda, com mais profundidade e ritmo narrativo mais equilibrado. Já para quem está chegando agora, é uma porta de entrada perfeita: dá pra entender tudo sem ter jogado nada antes.

Ficha técnica:

Título: Disney: Twisted Wonderland

Baseado no jogo da Aniplex e Walt Disney Japan

Direção: Noriaki Akitaya

Roteiro: Yana Toboso (a mesma criadora de Black Butler)

Gênero: Fantasia, Aventura, Mistério

Estúdio: Aniplex / CloverWorks

Plataforma: Disney+

Curiosidades:

Cada dormitório tem um design inspirado diretamente nas animações originais da Disney, mas reinterpretado com estética japonesa moderna.

A criadora Yana Toboso foi responsável por todo o design de personagens, o que explica a elegância sombria e os traços refinados.

O anime levou anos em desenvolvimento, justamente para equilibrar o universo da Disney com o estilo visual de anime sem perder a identidade de nenhum dos dois.

Twisted Wonderland é o tipo de obra que você assiste e sente que o mundo da Disney nunca mais será o mesmo. Não é uma simples adaptação de jogo — é uma reinvenção. A mistura entre o clássico e o moderno, o doce e o sombrio, cria uma experiência visual e emocional que vale cada minuto.

Se você gosta de histórias mágicas, cheias de charme, mistério e personagens complexos, não pule esse título. Pode entrar em Night Raven College sem medo — mas prepare-se: os vilões aqui têm muito mais a dizer do que você imagina.

 

Até o próximo post Mazelovers!
Tom Cardoso
@Bts_Army_Forev4r
Imagem de Divulgação:Na Coreia Tem

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