Existe leveza em reviver emoções e sonhos com novos olhos.
Existe uma alegria quase secreta em assistir doramas voltados para o público jovem quando já se passou dos trinta. Não é sobre nostalgia barata nem fuga da realidade — é sobre permitir que a doçura, os dilemas e os recomeços de personagens tão novos toquem algo antigo dentro da gente. Há algo de revigorante em lembrar que o coração não tem idade para se emocionar com um primeiro amor, um reencontro inesperado ou um sonho que começa a nascer.
Nos doramas juvenis, há leveza. Mesmo quando o drama pesa, tudo é contado com uma inocência que, para quem vive o caos adulto, soa como um refresco. Assistir esses títulos é como abrir a janela da alma e deixar entrar o vento fresco de uma primavera que já se foi — mas que, de alguma forma, ainda vive dentro de nós. São histórias que nos lembram que a vida não precisa ser tão cínica quanto a rotina sugere.
Muita gente pensa que, depois de uma certa idade, deveríamos escolher apenas obras “maduras”, cheias de profundidade e densidade. Mas eu discordo. Doramas jovens são um lembrete de que amadurecer não significa endurecer. Pelo contrário: é poder olhar essas histórias com outra perspectiva, com mais empatia e, muitas vezes, com mais ternura do que conseguiríamos sentir aos vinte.
Então, da próxima vez que você se pegar assistindo um dorama colegial, universitário ou romântico com pegada adolescente, abrace esse momento. Não como uma volta ao passado, mas como um presente: o de permitir-se sentir, sonhar e — por que não? — sorrir com olhos de quem já viveu muito, mas ainda acredita que a vida pode ser leve.
Até a próxima semana!!
Marcela Fábio
CEO e Editora Chefe
Imagem: Divulgação